quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


SISTEMÁTICA E TAXONOMIA

SISTEMÁTICA é a parte da Biologia que estuda a organização dos Seres Vivos em grupos ordenados (táxions) e estabelecendo um sistema natural de classificação.
Para isso há dois aspectos importantes a serem considerados:
ü As regras internacionais de nomenclatura dos organismos;
ü Os sistemas de classificação.
SISTEMA ARTIFICIAL: baseia-se em poucas características. Por ex.: com ou sem sangue, com ou sem asas etc.
SISTEMA NATURAL: baseia-se em um n° muito maior de características.
Durante muitos séculos, os seres vivos foram divididos em dois grandes reinos: VEGETALIA e ANIMALIA.
Com o desenvolvimento da microscopia, foi proposto um terceiro reino, o dos PROTISTAS. Seres que se movimentam e são clorofilados.
Posteriormente os biólogos classificaram os seres procariontes em um reino à parte: a dos MONERAS, que englobam as bactérias e cianofíceas.
Em 1969, Wittaker propôs a classificação em 5 Reinos:
MONERAS: seres procariontes.
PROTISTAS: protozoários, euglenófitas, pirrófitas, crisófitas e mixomicetos.
FUNGI: fungos (imóveis e aclorofilados).
PLANTAE ou METAPHYTA: vegetais
ANIMALIA ou METAZOA: animais
Ä MONERAS: atualmente este reino vem sendo dividido em outros dois novos reinos: EUBACTÉRIA e ARQUIBACTÉRIA. Porém, esse sistema ainda não está oficializado.
Atualmente podemos encontrar uma nova organização da Sistemática:
Domínio (super-reino ou império) é a designação dada em biologia aotáxon de nível mais elevado utilizado para agrupar os organismos numaclassificação científica. O domínio agrupa os diferentes reinos, sendo a mais inclusiva das divisões taxonômicas em que se dividem as espécies que compõem a vida na Terra, o universo por vezes designado por super-domínio Biota.
Apesar do número de domínios e do respectivo nome ser arbitrário, variando com a evolução do conhecimento científico e com as opiniões dominantes entre os sistematas, a estrutura adotada, por definição, reflete obrigatoriamente as diferenças evolucionárias fundamentais contidas nogenoma dos seres vivos, agrupando-os de acordo com a sua estrutura biológica mais básica.
Com o aparecimento da cladística, o conceito de domínio aparece associado ao da clade mais inclusiva em que se pretenda dividir o mundo vivo.
TÁXIONS OU CATEGORIAS TAXONÔMICAS
ESPÉCIE è é a unidade básica de classificação. É formada por indivíduos semelhantes entre si e que tem a capacidade de cruzarem-se, gerando descendentes férteis e iguais a eles.
O critério expresso na conceituação de espécie é a possibilidade de haver ou não cruzamentos bem sucedidos.

REINO è FILO è CLASSE è ORDEM è FAMÍLIA è GÊNERO è ESPÉCIE
“Raio Forte Caiu Ontem Fazendo Grande Estrago”























A classificação de Carl Woese
Carl Woese propôs em 1990 o agrupamento dos diferentes reinos da taxonomia tradicional em três grandes clades que designou por domínios. Nessa classificação, a categoria domínio é o segundo nível hierárquico de classificação científica dos seres vivos, depois da categoria suprema que enquadra todos os seres vivos, o super-domínio Biota.
Naquele sistema de classificação, freqüentemente designado pelo Sistema dos Três Domínios, são considerados os seguintes agrupamentos:
· Domínio Eubacteria, que inclui as bactérias;
· Domínio Archaea, anteriormente chamadoArchaebacteria, que inclui os procariontes que não recaem na classificação anterior;
· Domínio Eukaria, que inclui todos os eucariontes, osseres vivos com um núcleo celular organizado.
A classificação anterior não inclui os vírus dada a dificuldade em integrá-los entre os seres vivos dada a ausência de algumas das características definidoras de vida. Não obstante essas dificuldades, a que acresce que a nomenclatura utilizada é não binomial, surgiu uma classificação alternativa, criando um quarto domínio chamado Aphanobionta, composto exclusivamente pelos vírus.

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NOMENCLATURA CIENTÍFICA
Segundo pesquisadores, atualmente existem cerca de 2800 a 4000 idiomas e, em cada um deles os animais e plantas receberam nomes que se popularizaram, resumindo, cada animal tem um nome em cada idioma, havendo então a necessidade de se estabelecer uma padronização de nomes. Foi então, que em 1758, Karl von Linné estabeleceu a nomenclatura binominal.
Em 1898, no I Congresso Internacional de Nomenclatura Científica, estabeleceram-se regras. As 10 principais são:
1. Todo nome deve ser latino de origem ou então latinizado. Ex.: Trypanossoma cruzi (cruzi em uma transliteração latina do nome brasileiro de Oswaldo Cruz)
2. Em obras impressas, todo nome deve ser escrito em itálico. E em trabalhos manuscritos, devem ser grifados.
3. Cada organismo deve ter um designação única binominal, onde o 1° nome indica o gênero a qual a ele pertence e o 2°, a sua espécie particular. Ex.: cão – Canis familiaris gato – Felis cattus
4. EPÍTETO GENÉRICO: Gênero deve ser sempre iniciado com letra MAIÚSCULA.
5. EPÍTETO ESPECÍFICO: Espécie deve ser sempre iniciado com letra minúscula.
6. Em seguida do nome do organismo pode-se escrever, por extenso ou abreviadamente o nome do autor que 1° o descreveu. Ex.: Canis familiarisLineu ou L., 1758
7. A denominação uninominal para gênero, binominal para espécie e trinominal para subespécie. Isso nos permite distinguir, por ex., 3 subespécies de emas: Rhea americana alba (ema branca), Rhea americana grisea (ema cinzenta) e Rhea americana americana (ema grande dos EUA).
8. Família leva a terminação IDAE ( em zoologia) e ACEAE (em botânica).
9. LEI DA PRIORIDADE: onde prevalece a 1° denominação.
10. Caso houver uma mudança de nome, escrever o nome antigo entre parênteses ou o autor. Ex.: Ancylostoma (Agehylostoma) duodenale ouAncylostoma duodenale (Dubini, 1843) Creplin, 1845
11. Abreviação de espécies sem especificar, acrescentamos a abreviatura “sp.”
12. Para nos referirmos simultaneamente a várias espécies do gênero, acrescentamos a abreviatura “spp.”